quarta-feira, 15 de junho de 2011

Agenda Gamer entrevista Krikzz!

A Agenda Gamer trás com exclusividade uma entrevista com o homem por trás do Everdrive: Krikzz!

Mas...

O que é o Everdrive ?

O Everdrive é um cartucho de memória Flash. Não entendeu ? Vou explicar melhor.

A memória Flash é a memória que nós encontramos em pendrives, por exemplo. Ela pode ser lida, escrita e apagada, é uma memória volátil. Então imagine um cartucho de Super Nintendo, por exemplo, com essa memória: podemos "ler" qualquer jogo dele, podemos "escrever" qualquer jogo e podemos "apagar" para escrever outro jogo nele.

Já conseguiu imaginar? É um cartucho que suporta todos os jogos de um determinado console.
Ele coloca seus roms, que você baixou da internet ou extraiu de seus cartuchos, em um só cartucho.

Menu do Everdrive. Foto por Aleomark
Ele faz isso usando uma memória Flash. Qual ? Um cartão SD, do mesmo tipo usado em câmeras digitais. O motivo do uso do cartão SD é que você não precisa de um computador para colocar um jogo no cartucho, você usa um menu que aparecerá toda vez que você ligar o video-game.





Para quais consoles existe o Everdrive ?

O Everdrive existe para o Mega Drive, Super Nintendo, Master System, Game Gear e Nintendo 64.


ENTREVISTA COM Krikzz


Avatar do Krikzz

Nick: Krikzz
Nome: Igor
País: Ucrânia
Idade: 28




1. Quando você pensou no Everdrive pela primeira vez ? Como a idéia surgiu ?

Eu comecei a pensar sobre o Everdrive no final de 2009, ele deveria ser um cartucho que não precisasse de um computador, programas, drivers, etc.

2. Qual foi seu primeiro Everdrive ? Por que ele foi o primeiro ?

O primeiro foi para o Mega Drive, na época eu construi dois cartuchos usb simples, também para o Mega Drive. Ele foi o primeiro porque esse é meu console favorito.

3. Quando você começou, você já sabia que seria um grande sucesso ?

Não, nunca pensei. Eu achava que eu iria construir um para mim e talvez eu vendesse outros cartuchos para alguns fãs de Mega Drive.

4. Qual Everdrive vendeu mais ?

Foi o de Mega Drive.

5. O que você estudou para criar o Everdrive ? Em que língua o Everdrive foi escrito ?

Eu só terminei a escola. Antes da criação do Everdrive eu só conhecia Java. Hoje eu conheço C, C#, verilog e outras diferentes asm. Todas essas linguagens são importantes para a criação do hardware (exceto C#).

6. No que você pensa primeiro, no hardware ou no software ?

Hardware.

7. Você faz todo trabalho sozinho ou você tem amigos perto da sua casa que vão até você te ajudar ?

Algumas vezes uns amigos me ajudam a montar os cartuchos.

8. Quantas cópias o Everdrive mais bem sucedido vendeu até agora ?

Isso é um segredo :P mas não foram tantas quanto a maioria das pessoas acha.

9. Quantos anos você tinha quando começou o Everdrive ?

Uns 26 ou 25, às vezes eu não consigo me lembrar da minha própria idade.

10.  Qual sistema você acha que precisa de um Everdrive hoje ?

Acho que o Gameboy/Gameboy Color ou Pc Engine mas eu estou um pouco cansado. Então provavelmente em um futuro próximo. Por enquanto eu só vou atualizar os cartuchos existentes.

11. Você hoje está criando o seu quinto Everdrive (Nintendo 64), você acha que desde o começo até agora você ganhou experiência e o trabalho ficou mais fácil ? O desafio é o mesmo desde os primeiros dias de desenvolvimento do seu primeiro Everdrive ?

Eu ganhei muita experiência, mas o do Nintendo 64 e o do Super Nintendo foram muito mais difíceis que o de Mega Drive. Eu também não tenho mais tempo como antigamente e o tempo para desenvolver é o mesmo ou até mais longo. Para criar é sempre necessária muita pesquisa sobre o console que se deseja.

12. Além do Everdrive, o que mais você gosta de fazer ? Você tem outros hobbies ?

Eu gosto de aprender História e gosto de armas. Às vezes, eu vou até a floresta para atirar com algumas armas grandes ou atirar em alvos para brincar com as armas.

13. A pergunta final: O que você acha de um Everdrive para o NeoGeo AES ? Você acha que esse seria o Everdrive mais difícil de se fazer ? Você pode comentar um pouco sobre sua opinião do AES ? Você já jogou ou jogava ?

Nunca joguei. Eu sei que os cartuchos de NeoGeo são extremamente complicados então eu não quero nem tentar. De qualquer maneira, NeoGeo nunca foi um interesse para mim.


Aí está uma entrevista exclusiva publicada aqui na Agenda Gamer!

Para maiores informações:
http://krikzz.com/

Muito obrigado ao Krikzz pela entrevista e pela criação desse ótimo hardware.

Aqui vai minha coleção de Everdrives com uma Brahma para acompanhar:


by Fandangos

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Resident Evil 5

      
Saudações! Eu, monka, em meu primeiro post, resolvi falar de um jogo que finalizamos há pouco tempo, após horas de diversão e trabalho duro. É quase impossível encontrar um gamer que se preze, atualmente, que não tenha ouvido falar da aclamada série Resident Evil. Isso porque a franquia existe desde 1996, quando o primeiro jogo foi lançado originalmente para PlayStation, e desde então engatou várias sequências, chamando a atenção de jogadores de todas as idades. Além disso, os filmes inspirados nos jogos - estrelando Milla Jovovich como Alice - apesar de não serem ótimos, funcionaram como link entre entusiastas do cinema com o mundo de horror que nos é apresentado na série. Desse modo, a popularidade da franquia não poderia ser maior.
     Dito isso, vamos ao título em questão: Resident Evil 5 (dá quase para ouvir aquela voz sinistra da abertura!).  O jogo está disponível tanto para PlayStation 3 quanto para XBox 360 e a primeira grande novidade é a possibilidade de jogar de dois. Ao invés do velho e bom esquema de piloto e co-piloto (leia-se: eu jogo e você assiste, e depois - talvez! - a gente troca), pela primeira vez temos a oportunidade de jogar juntos, você e seu amigo, você e seu namorado, você e sua esposa, enfim; você e quem você quiser! Pode parecer bobo, mas isso faz com que o jogo se torne extremamente mais interessante do que seria caso esta opção não estivesse disponível. A trajetória do jogo não mais se resume a uma jornada solitária contra tudo e contra todos, mas a uma parceria divertida e por vezes requerendo certo grau de sincronia e cooperação.
      
     O jogo se passa no continente africano, numa cidade esquecida por Deus, chamada Kijuju. Logo de início, damos de cara com Chris Redfield, sim, o mesmo bad-ass do primeiro Resident e do Code Veronica, com quem percorremos a mansão há muitos e muitos anos... E não há como vê-lo sem nos lembrarmos instantaneamente de Jill Valentine, sua eterna parceira... até agora. Sheva Alomar é uma nova personagem e uma nova parceira, e é com ela que o player2 joga, caso esse modo seja escolhido. Caso contrário, o próprio jogo é quem a controla, fazendo com que Chris não siga sozinho, mesmo que um único player esteja ativo. O fato é que Chris sente-se culpado pela morte de Jill em uma missão anterior, e encontra em Sheva uma parceira que não quer perder.
     Os dois fazem parte de uma organização chamada BSAA (Bioterrorism Security Assesment Alliance), que luta contra o uso de armas biológicas ao redor do mundo, coisa que Chris vem fazendo desde que lutou para deter a Umbrella Corporation. Os dois adentram a cidade e, em pouco tempo, presenciam um ataque selvagem dos moradores a um cidadão. No ímpeto de ajudá-lo, Chris apoxima-se, mas é ele quem acaba sendo atacado, e a nova dupla tira a vida do pobre coitado. Em meio ao cenário de desolação da pequenina cidade africana, os dois seguem em frente e enfrentam o primeiro de muito ataques maciços ao longo do jogo: a população, enfurecida, os persegue em meio aos casebres, e a ação tem início aqui.


      O modo de dois jogadores pode ocorrer de duas maneiras. Você pode jogar no modo offline, ou seja, você e o outro player dividindo o mesmo sofá, os mesmos petiscos e possivelmente a mesma cerveja, ou investir no modo online, no qual a melhor parte é não ter que dividir a tela com o outro jogador! Jogar com tela dividida já é um saco, mas o esquema que os criadores de Resident 5 encontraram é ainda pior! A tela de cada um dos players é muito menor do que poderia ser, dando a constante sensação de que a sua TV é que deve estar mal configurada, já que é impossível entender porque alguém realmente o forçaria a jogar daquela maneira. Para quem tem um televisor grande o suficiente, ótimo! E para quem não tem, recomendo o modo online...

[Observação by Fandangos: No caso do PS3 mandando a imagem em 1080p as imagens não irão preencher a tela por conta da limitação de processamento do console. Se você quer ver a imagem esticada, selecione 720p como saída e cancele 1080p. Quem tiver uma TV de tubo (CRT) não terá esse problema.]

     No geral, a história gira em torno da missão de captura do contrabandista de vírus Ricardo Irving, mas logo Chris recebe algumas pistas, podendo indicar que Jill Valentine não está morta como foi levado a pensar. Tomado pelo respeito e consideração à antiga parceira, ele e Sheva partem em busca de Jill, e tudo se converte para uma missão de salvamento recheada de informações em arquivos de texto. Para quem tem paciência e interesse para ler, esse jogo é uma espécie de tapa-buraco do enredo retalhado de Resident Evil, onde encontramos novas informações que acabam por sanar algumas dúvidas, coisa que não aconteceu muito no Resident 4.


     Os gráficos do jogo são ótimos, e a sonoplastia também é boa, mas há ressalvas que os fãs de Resident fazem, e com razão. Neste capítulo da série, a falta de puzzles dá ao jogo um clima de muito mais ação e muito menos cérebro, numa versão quase hollywoodiana da franquia. Aliás, há elementos no jogo que realmente parecem ter sido tirados diretamente dos filmes, como acaba acontecendo com outras séries acompanhadas por  filmes, como Silent Hill, por exemplo. Um fenômeno muito triste, na minha opinião. Outra novidade é que agora os originais zumbis, que antes andavam de braços estendidos e prontos para arrancar sua carne, agora são muito mais espertos, e lutam com você de igual pra igual, com armas de fogo! A sensação não é mais a de estar lutando com um monstro horrorizante, mas a de estar percorrendo uma favela e tendo que lidar com traficantes drogados, ou membros das FARC, ou algo assim. A atmosfera dos primeiros jogos se perdeu, e às vezes até esqueceríamos estar jogando Resident, não fossem pelos inúmeros arquivos encontrados ao longo da missão.


     Se eu tivesse que dar uma nota ao jogo, ficaria bastante dividida. A jogabilidade é boa, os ângulos de câmera deixam a desejar, e realmente a interação entre os dois personagens principais é que fazem desse capítulo uma experiência interessante de ser vivida. A franquia de Resident Evil continuará dando lucro enquanto existirem fãs que, como eu, sempre apostam na nova aventura, torcendo para sentir outra vez, mesmo que muito de leve, a sensação sem igual de estar jogando novamente um verdadeiro Resident.

Vale a pena conferir!

by Monka 

   
     

quarta-feira, 1 de junho de 2011

The Secret of Monkey Island Special Edition



         The Secret of Monkey Island foi lançado em 1990 e fez parte da infância da Monka, mas eu só fui jogá-lo em 2011 depois de diversos pedidos de minha companheira: 

- Você precisa jogar! Esse jogo é incrível!
- Tá bom! :))

       Para quem já conhece os jogos desenvolvidos pela LucasArts (antiga LucasFilm Games) o modelo é bem similar, point-and-click com uma bela quantidade de humor.


Guybrush Threepwood


      Nesse jogo você controla Guybrush Threepwood, um rapaz que almeja o posto de "terrível pirata" (mighty pirate!, como ele costuma dizer). Esse personagem é extremamente carismático. Ao mesmo tempo em que busca ser malvado como um pirata, ele é totalmente ingênuo e de bom coração. Guybrush é um daqueles personagens que ficarão na sua memória para sempre com seu senso de humor pastelão e seu jeitinho tão peculiar.





Ghost Pirate LeChuck


            
    O vilão é outro personagem que mantém as mesmas proporções especiais de Guybrush. É um pirata fantasma ou fantasma pirata, fica a gosto do freguês, chamado LeChuck. O pirata desembarca com sua tripulação, que também é fantasma, na ilha de Mêlée, ponto de partida e motivo chave para o desenvolvimento do jogo.




  
  
Governadora Elaine Marley
     A governadora é, assim como a ilha, o motivo de toda a desventura de Guybrush. Com seus belos olhos verdes ela seduz a todos, sejam eles do bem ou do mal, a partir daí você pode tirar suas conclusões e imaginar os problemas que irão se seguir. Apesar de ser o motivo principal da trama, a governadora aparece pouco no jogo, porém, suas entradas são sempre decisivas e de forte impacto; isso você pode esperar dela.



-  A EDIÇÃO ESPECIAL  -

       Esse remake é um dos mais impressionantes que eu já vi! Os cenários foram pintados à mão! Os personagens ganharam voz com uma super interpretação teatral! É uma produção que passa de longe a comoção financeira que move o mundo de hoje, e transmite ao jogador uma ótima impressão de que aquilo ali foi feito por amor. Um cuidado com um pedaço de história dos jogos eletrônicos que, para continuar vivo, foi refeito. Na minha opinião, é como se as pessoas envolvidas pensassem que não podiam deixar uma história tão divertida e mágica como essa somente para a geração dos anos 90. Ela precisava continuar a cativar novos jogadores. Pois bem, LucasArts, cativou, vocês ganharam mais um. Eu.

Veja você mesmo a diferença:

Comparativo da versão original com a Special Edition

    É de cair o queixo. Podemos ver aqui Guybrush e sua tripulação e ao fundo a Ilha dos Macacos.

-  PEQUENAS DICAS  - 

    O jogo nunca foi lançado para ser comprado em lojas. O único lugar em que você pode conseguir esse jogo (legalmente) é na Steam por apenas $9,90 dólares. Por esse preço e por esse trabalho você se sente até mal em jogar uma versão pirata. Vale cada centavo.

   Se você quiser comparar a versão antiga com a nova, aperte F10 e o jogo entrará em modo "old school".

   O jogo segue uma storyline bem simples e direta, "você precisa disso para pegar isso e chegar até ali", mas às vezes você esquece ou não entendeu direito o que é para fazer, ou só quer mesmo curtir a história e não ficar quebrando a cabeça. Então.... (a Monka odeia isso e considera até cheater usar esse artifício, eu não xD) aperte H (de hint - dica em inglês) e aparecerá um texto verde no meio da tela te dizendo quase diretamente o que você deve fazer. Ainda não conseguiu ? Aperte H mais uma vez e as dicas vão ficando mais diretas até chegar o ponto em que colocam uma seta na tela e dizem "faça isso".


-  CONCLUSÃO  - 
    Se você gostou de Maniac Mansion, Day of The Tentacle e Grim Fandango vai adorar The Secret of Monkey Island. Com um humor afiado e ao mesmo tempo simples ele irá te fazer dar gargalhadas que irão trazer quem estiver por perto para ver o que está acontecendo. É um humor que requer um bom entendimento de inglês e remete várias vezes à metalinguagem. O jogo fala dele mesmo e assim cria um ótimo efeito cômico. 

    Ainda se você jogou Day of The Tentacle, vale a pena jogá-lo de novo, pois lá você irá encontrar algumas referências ao Monkey Island, fazendo uma divertida ligação entre os jogos.

    É hora de dar um tempo  nos jogos de tiro em primeira pessoa modernos que estão acabando com seu mouse e colocar um jogo que dará um descanso aos seus reflexos instintivos e fará seu cérebro funcionar novamente. 

    Meu conselho ? Vá descobrir você mesmo O Segredo da Ilha dos Macacos!

Um abraço a todos.

by Fandangos