quinta-feira, 9 de junho de 2011

Resident Evil 5

      
Saudações! Eu, monka, em meu primeiro post, resolvi falar de um jogo que finalizamos há pouco tempo, após horas de diversão e trabalho duro. É quase impossível encontrar um gamer que se preze, atualmente, que não tenha ouvido falar da aclamada série Resident Evil. Isso porque a franquia existe desde 1996, quando o primeiro jogo foi lançado originalmente para PlayStation, e desde então engatou várias sequências, chamando a atenção de jogadores de todas as idades. Além disso, os filmes inspirados nos jogos - estrelando Milla Jovovich como Alice - apesar de não serem ótimos, funcionaram como link entre entusiastas do cinema com o mundo de horror que nos é apresentado na série. Desse modo, a popularidade da franquia não poderia ser maior.
     Dito isso, vamos ao título em questão: Resident Evil 5 (dá quase para ouvir aquela voz sinistra da abertura!).  O jogo está disponível tanto para PlayStation 3 quanto para XBox 360 e a primeira grande novidade é a possibilidade de jogar de dois. Ao invés do velho e bom esquema de piloto e co-piloto (leia-se: eu jogo e você assiste, e depois - talvez! - a gente troca), pela primeira vez temos a oportunidade de jogar juntos, você e seu amigo, você e seu namorado, você e sua esposa, enfim; você e quem você quiser! Pode parecer bobo, mas isso faz com que o jogo se torne extremamente mais interessante do que seria caso esta opção não estivesse disponível. A trajetória do jogo não mais se resume a uma jornada solitária contra tudo e contra todos, mas a uma parceria divertida e por vezes requerendo certo grau de sincronia e cooperação.
      
     O jogo se passa no continente africano, numa cidade esquecida por Deus, chamada Kijuju. Logo de início, damos de cara com Chris Redfield, sim, o mesmo bad-ass do primeiro Resident e do Code Veronica, com quem percorremos a mansão há muitos e muitos anos... E não há como vê-lo sem nos lembrarmos instantaneamente de Jill Valentine, sua eterna parceira... até agora. Sheva Alomar é uma nova personagem e uma nova parceira, e é com ela que o player2 joga, caso esse modo seja escolhido. Caso contrário, o próprio jogo é quem a controla, fazendo com que Chris não siga sozinho, mesmo que um único player esteja ativo. O fato é que Chris sente-se culpado pela morte de Jill em uma missão anterior, e encontra em Sheva uma parceira que não quer perder.
     Os dois fazem parte de uma organização chamada BSAA (Bioterrorism Security Assesment Alliance), que luta contra o uso de armas biológicas ao redor do mundo, coisa que Chris vem fazendo desde que lutou para deter a Umbrella Corporation. Os dois adentram a cidade e, em pouco tempo, presenciam um ataque selvagem dos moradores a um cidadão. No ímpeto de ajudá-lo, Chris apoxima-se, mas é ele quem acaba sendo atacado, e a nova dupla tira a vida do pobre coitado. Em meio ao cenário de desolação da pequenina cidade africana, os dois seguem em frente e enfrentam o primeiro de muito ataques maciços ao longo do jogo: a população, enfurecida, os persegue em meio aos casebres, e a ação tem início aqui.


      O modo de dois jogadores pode ocorrer de duas maneiras. Você pode jogar no modo offline, ou seja, você e o outro player dividindo o mesmo sofá, os mesmos petiscos e possivelmente a mesma cerveja, ou investir no modo online, no qual a melhor parte é não ter que dividir a tela com o outro jogador! Jogar com tela dividida já é um saco, mas o esquema que os criadores de Resident 5 encontraram é ainda pior! A tela de cada um dos players é muito menor do que poderia ser, dando a constante sensação de que a sua TV é que deve estar mal configurada, já que é impossível entender porque alguém realmente o forçaria a jogar daquela maneira. Para quem tem um televisor grande o suficiente, ótimo! E para quem não tem, recomendo o modo online...

[Observação by Fandangos: No caso do PS3 mandando a imagem em 1080p as imagens não irão preencher a tela por conta da limitação de processamento do console. Se você quer ver a imagem esticada, selecione 720p como saída e cancele 1080p. Quem tiver uma TV de tubo (CRT) não terá esse problema.]

     No geral, a história gira em torno da missão de captura do contrabandista de vírus Ricardo Irving, mas logo Chris recebe algumas pistas, podendo indicar que Jill Valentine não está morta como foi levado a pensar. Tomado pelo respeito e consideração à antiga parceira, ele e Sheva partem em busca de Jill, e tudo se converte para uma missão de salvamento recheada de informações em arquivos de texto. Para quem tem paciência e interesse para ler, esse jogo é uma espécie de tapa-buraco do enredo retalhado de Resident Evil, onde encontramos novas informações que acabam por sanar algumas dúvidas, coisa que não aconteceu muito no Resident 4.


     Os gráficos do jogo são ótimos, e a sonoplastia também é boa, mas há ressalvas que os fãs de Resident fazem, e com razão. Neste capítulo da série, a falta de puzzles dá ao jogo um clima de muito mais ação e muito menos cérebro, numa versão quase hollywoodiana da franquia. Aliás, há elementos no jogo que realmente parecem ter sido tirados diretamente dos filmes, como acaba acontecendo com outras séries acompanhadas por  filmes, como Silent Hill, por exemplo. Um fenômeno muito triste, na minha opinião. Outra novidade é que agora os originais zumbis, que antes andavam de braços estendidos e prontos para arrancar sua carne, agora são muito mais espertos, e lutam com você de igual pra igual, com armas de fogo! A sensação não é mais a de estar lutando com um monstro horrorizante, mas a de estar percorrendo uma favela e tendo que lidar com traficantes drogados, ou membros das FARC, ou algo assim. A atmosfera dos primeiros jogos se perdeu, e às vezes até esqueceríamos estar jogando Resident, não fossem pelos inúmeros arquivos encontrados ao longo da missão.


     Se eu tivesse que dar uma nota ao jogo, ficaria bastante dividida. A jogabilidade é boa, os ângulos de câmera deixam a desejar, e realmente a interação entre os dois personagens principais é que fazem desse capítulo uma experiência interessante de ser vivida. A franquia de Resident Evil continuará dando lucro enquanto existirem fãs que, como eu, sempre apostam na nova aventura, torcendo para sentir outra vez, mesmo que muito de leve, a sensação sem igual de estar jogando novamente um verdadeiro Resident.

Vale a pena conferir!

by Monka 

   
     

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